MÁSCARAS PARA CONFINAR O VÍRUS E DESCONFINAR OS PORTUGUESES!

13 Apr

É evidente que Portugal não pode estar parado e temos todos que voltar ao trabalho. Mas primeiro há que tomar medidas urgentes. É o vírus SARS-CoV-2 que tem de ser isolado enquanto parasita que é, não os seres humanos. Este intruso não tem vida própria, utilizando a boca do ser humano como único portal de acesso aos hospedeiros. Sendo assim, a melhor forma de confinar este inimigo, é cada um de nós tapar a boca. Como? Usando sempre uma máscara em locais púbicos. Se o fizermos, o vírus desaparecerá do nosso ambiente no espaço de dias. Por esta simples razão, cada cidadão deverá ter acesso a um número de máscaras descartáveis que lhe permita proteger os seus concidadãos quotidianamente. Para tal, há que assegurar uma massiva produção doméstica destas máscaras. Neste caso, não basta esperar que o mercado funcione, nem ficar dependente de importações disputadas no mercado internacional. 

O apoio para a Saúde, decidido no Eurogrupo, deverá ser canalizado para instalar a capacidade de produção de máscaras necessária para que tal aconteça rapidamente.

Esta medida é tão importante no âmbito sanitário como no plano económico, na medida em que as pessoas têm de poder deslocar-se para recomeçar a trabalhar, sendo óbvio que o escasso efeito de medidas estritamente económicas se esgotará rapidamente.

A referida ajuda comunitária específica, permitirá suportar a produção massiva, em território nacional, de “máscaras cirúrgicas” que deverão ser imediatamente distribuídas pelas pessoas. Países que adotaram, desde logo, o uso generalizado de máscaras pela população, vão obtendo os melhores resultados nesta luta contra a pandemia. Em Taiwan, por exemplo, o governo distribui 3 máscaras por semana a todos os adultos (e 5 máscaras às crianças).

Se o financiamento acordado no Eurogrupo for bem utilizado (são cerca de 4 mil milhões de euros para Portugal), poderá servir para atenuar o inexorável “trade-off” entre economia e saúde pública, permitindo a fabricação e distribuição, com caráter de urgência, de milhões de máscaras cirúrgicas, para que os portugueses possam regressar ao trabalho enquanto o têm. Na verdade, ouvir as autoridades de saúde desaconselhar o uso generalizado de máscaras pela população chega a ser arrepiante, seja porque “provocam uma falsa sensação de segurança”, seja porque se considera desnecessário o respetivo uso num “edifício grande”…

As máscaras devem ser de uso obrigatório para todos aqueles que circulem ou entrem em Portugal. Quem chega a Portugal deverá fazer um teste para diagnosticar a presença do vírus e usar uma máscara (quer fique ou não em quarentena). A obrigatoriedade de usar máscara é imperativa, justificando-se mesmo a existência de multas para eventuais prevaricadores.

As informações a que vamos tendo acesso indicam que, nos próximos meses, ou quiçá anos, iremos travar várias batalhas contra hordas sucessivas (vagas da pandemia) destes invasores microscópicos, que são capazes de se camuflarem nos nossos organismos, durante dias ou semanas, sem induzirem qualquer tipo de sintomatologia. Infelizmente, precisamos de tempo para que os cientistas desenvolvam defesas ou escudos globalmente eficazes contra tão temível inimigo, sendo evidente que a população não poderá voltar a entrincheirar-se em casa, sob pena de um inadmissível agravamento das já péssimas condições económicas, pelo que se torna indispensável existirem máscaras disponíveis para se poder circular e trabalhar com níveis aceitáveis de segurança. Retomar a circulação sem que haja máscaras suficientes distribuídas pela população, e sem que seja decretado o seu uso obrigatório, deverá levar a um agravamento da situação a nível sanitário, económico e social.

Felizmente que Portugal beneficia agora de um considerável apoio comunitário para a área da saúde. Com este impulso específico, devemos unir-nos em torno do grande desígnio nacional de proteger as pessoas, nomeadamente, reconvertendo fábricas da indústria têxtil (e.g. no Vale do Ave), para assegurar, durante os próximos meses, a produção doméstica de centenas de milhões de máscaras descartáveis. Não podemos é ficar apenas dependentes de terceiros… Não numa matéria tão importante para a saúde e a economia dos portugueses Dario de Oliveira Rodrigues

Dario de Oliveira Rodrigues

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